Gauderiando pelo Brasil

No dia 14/07/2012, com uma vontade e alegria contagiante, mesmo com temperatura próximo de 0 ºC, saímos para viajar de moto, após vários meses e algumas reuniões de planejamento. Eu de TDM 900, o Renato Lopes de BMW 1200 GS, o Luiz Fernando Cunha de V-Strom 1000, O Vitor Hugo Dal Molin e o Luiz Pedro Mendonça de KAWAZAKI 1000 e o Edson Steglich de BMW 650, assim estava montado o comboio para uma viagem de 21 dias, que intitulamos de GAUDERIANDO PELO BRASIL, com o roteiro - Santa Maria-RS/ Natal –RN.

O dia amanheceu e já estávamos passando por Julio de Castilhos em direção a Ibirubá, local previamente definido para abastecimento e o primeiro café da manhã. Momentos como estes são sempre únicos e nos apontavam que seriam de muita alegria, pois os parceiros mesmo “embodocados de frio” permaneciam com um sorriso especial na face. Após a colagem de adesivos, abastecimento e café quentinho seguimos viagem. Já em Santa Catarina, de belas recordações e passeios, almoçamos em Concórdia, quando espichamos as “cachuletas” (pernas para quem não está acostumado ao palavreado mais rebuscado), comemos algumas BARRINHAS DE CEREAIS (o trato era este, almoço maneirado e jantar mais carregado...hummmm!). Logo tivemos de dar uma parada, pois aconteceu um fato perigoso. O Mendonça não havia prendido sua bagagem na moto, e numa certa etapa da viagem a mochila ficou ao lado da moto. O pneu havia desgastado a mochila e nós chamamos o fato como “perdendo as tralhas”, pois fez um rastro de utensílios pela estrada. Menos mal que não houve nada de mais grave. Problema corrigido, tocamos direto a Ponta Grossa-PR. Aqui um registro: Eu rodava como a quarta moto do comboio, quando deparamos com uma barreira policial, já na entrada da cidade de Ponta Grossa, todos foram passando e eu fui gentilmente atacado pelo Policial PITUCO. Neste caso o sorriso do mesmo denunciou que nada de mais grave havia acontecido, apenas uma abordagem de boas-vindas, pois ele também é motociclista e queria saber para onde iríamos. Quando chegamos ao Hotel Princess Express, praticamente junto conosco chegou o Fabricio, motociclista como nós, que alertado pelo Pituco se prontificou, caso encontrássemos alguma dificuldade. Mais tarde, após um bom banho relaxante, o Renato encarregou-se de ligar para a parceria. Mais alguns poucos minutos e lá apareceu o Silvio, que de pronto nos comunicou que o churrasco estava garantido. Interessante como o motociclismo tem disso! Na boca da noite já estávamos na casa do Sergio, juntamente com vários integrantes do Viralatas Moto Clube (facebook.com/viralatasMC) e suas esposas e filhos, daí prá frente foi só alegria. A noite terminou cedo, pois precisávamos nos restabelecer, mas não antes dos agradecimentos, entrega de camisetas e a certeza que em breve nos encontraremos novamente.

O segundo dia começou no canto do galo. O estado de excitação dos parceiros estava alto, gerando inclusive alguns desentendimentos do Dal Molin com sua Kawa, mas tudo superado logo. Saímos carregados em bagagens e pensamentos. A estrada colaborou, asfalto legal, sol brilhando e a cada parada tirávamos uma peça de roupa, pois a temperatura ficava cada vez mais agradável. O Edson abrindo cancha e o Renato - ligadão no GPS - nos dando as coordenadas. Passando pela cidade de Nazaré Paulista-SP, o Renato havia combinado com o Jesus (amigão prestimoso), e fornecido as nossas coordenadas, combinando uma passagem rápida para o café da tarde. Paramos na estrada e o mesmo nos gritou lá de cima do morro, pois estava esperando. Recebeu-nos, juntamente com sua esposa, e nós claro, desfrutamos da gentileza do parceiro. Após as despedidas fica o pensamento girando - como é bom viajar assim. Seguimos então até Taubaté-SP. Logo na chegada o Gugu (Otavio Araujo) já estava nos ligando, pois o Renato Lopes, já o havia contatado. Fomos até a casa do mesmo, onde fomos gentilmente recebidos pela sua esposa. Tomamos alguns vinhos e fomos para noite, onde nos divertimos com as histórias do viajeiro Gugu. Saímos com dor nos carrinhos de tanto rir.

Terceiro dia se apresentava meio nebuloso e nos avisava que viajaríamos com chuva. Pegamos a Dutra em direção ao Rio de Janeiro e mergulhamos na vida. Não fosse tanto controlador de velocidade (esperamos não ter surpresas!) teria sido melhor. Quando trafegávamos pela linha vermelha tivemos de parar na saída da mesma e vestir as capas de chuva. Dali até Campos dos Goitacazes foi tanta água que nos deixou meio zonzos. Mas valeu a pena. E como! Fomos recepcionados pelo Marcos Pires e pelo Sergio e suas esposas, assim como os demais integrantes do Moto Clube de Campos, o moto clube mais antigo do Brasilwww.motoclubdecampos.com.br (ACESSE e conheça a história linda destes amigos), que nos alojaram em sua sede e nos brindaram com um maravilhoso jantar, além da boa música do Nicásio, um destes talentos que brilham por aí (claro que o Dal Molin quando viu um violão ficou agitado,  logo logo já estava abraçado ao violão, acompanhando o Nicásio, que a estas horas já estava no bandolin....e olha o bonde!), só na vida boa. Pernoitamos no local, bem guardados pelos sabujos do grupo, o Piroca e a bu....., deixa prá lá!

No quarto dia tinha parceiro que já estava montando na moto meio de lado. Mas o nosso negócio era estrada. A vista ficava cada vez mais bonita, pois esta região é belíssima e a estrada muito boa. De tempos em tempos encontrávamos grupos de pessoas esperando o transporte coletivo, pois é o principal meio de locomoção das comunidades desta região. Um fato marcou este trecho: Perdemos o Renato! Lá pelas 17 horas eu estava como penúltimo no comboio e observei o Renato parar, mas, como imaginei que ele iria tirar algumas fotografias, apenas acenei ao mesmo e assim também fez o Cunha que estava em último. Escureceu rápido e percebemos a falta do Renato. Após uns 30 minutos a aflição começou a tomar conta do grupo. Longos 50 minutos e conseguimos contato pelo celular. O pneu da GS havia sido rasgado por um objeto pontiagudo impossibilitando o reparo no local, e o Renato já havia solicitado o guincho. Ficamos bastante abalados, pois deixamos um parceiro em dificuldade. No dia seguinte, a rede de relacionamentos funcionou e lá pelas 10:30 horas já estávamos rodando novamente, mas o grupo ficou sentido. Mas, como não tem mal que perdure para sempre, na estrada as coisas se ajeitaram. Obviamente que coincidência não foi. Encontramos nosso querido amigo Ruiter Franco (motociclista muito conhecido pela América do Sul), que andou pelo nosso Rio Grande ha alguns anos atrás e ficou uma bela amizade com os Gaudérios do Asfalto. Ele vinha no sentido contrário e sabia que andávamos nas redondezas, portanto estava atendo. Quando viu o vuco vuco das motocas em um posto, chegou faceiro  fardado com a camiseta dos Gaudérios, pronto para dar e receber muitos abraços acalorados. Registro que ele estava acompanhado de sua esposa. Após matar a saudade, fazer alguns registros fotográficos, dê-lhe estrada. Tocamos até Feira de Santana. Neste local fizemos uma boa amizade com o Dr Eduardo Veloso, médico daquelas paragens e que também curte uma moto, além de outros parceiros. Saboreamos uma ceva bem geladinha, acompanhada de um xisburguer, que nos fez lembrar os da nossa terra.

No dia seguinte, sabíamos que teríamos que recuperar terreno, pois estávamos a 960 km de João Pessoa e havia motivos de sobra para que não houvesse atrasos. As esposas (Wilma, Vânia, Leila, Tânia e Angela) chegariam de avião em JP à tardinha e seriam recepcionadas pela Rosaina (esposa do Edson Steglich), que está residindo nesta cidade por motivos profissionais. E assim tocamos todo o dia, praticamente sem parar. Foi um misto de estradas boas, ruins, desvios, congestionamento a cambau. Mas chegamos! O Mendonça deixava transparecer um misto de cansaço com alegria, pois havia chegado na terra onde nasceu seu avô paterno, e fazia questão em dizer que estava muito feliz e realizado, contando a história de seus antepassados (avô Paraíba e avó Bahiana, ele militar desceu para o sul e nunca mais retornou para residir no nordeste). Descarregamos as bagagens e cadê as nossas meninas? Haviam chegado e foram dar umas bandas, pode isso? Ah, claro, foram ver onde era o FORRÓ DOS TURISTAS, pois ficaríamos alguns dias por lá e não tinha como perder. Não tem como colocar em um relato a alegria de estar com as pessoas que a gente ama e compartilha a vida.

    Já no dia seguinte, após a caminhada matinal, levar as motos para a troca de óleo na TOKYO/KAWA e YAMAHA, combinamos o almoço em um quiosque na praia do Cabo Branco, alguns se espalharam pela praia, mas quatro casais foram almoçar juntos. Após dias de barrinhas, a pedida foi por um peixe. Estava muito bom. A noite chegou e fomos para o apartamento do Edson e da Rosaina, para um churrasco especial, assado pelo Edson. Churrasqueiras abastecidas, mesas organizadas, bebidas no gelo, e um zuzubem (batida de Leite de côco,Vodka , Leite condensado e muito gelo) que a Zane preparou para brindar a noite, conosco e com colegas do trabalho, que também se fizeram presentes, turma muito alegre e divertida.

      As melhores surpresas se dariam no dia seguinte. Micro ônibus contratado, turma a postos (já acrescido da Aninha  – filha do Edson e da Zane – e do namorado Bruno), lá fomos nós para as praias do sul. Lá pelas tantas o Edson, atuando como navegador, iniciou uma conversa ferrenha com o motorista, perguntando de onde era o mesmo. A resposta calou a todos. Gaúcho! De onde? Roca Sales. O Vitor Dal Molin saltou do banco e gritou, CABO ENDRES! Para encurtar a conversa o motorista era parente deles (Vitor e Angela) e os mesmos iriam visitá-los, pois a Angela é prima da esposa do Endres e havia trazido o endereço para procurá-los, pois a tempo que não se encontravam. Foi aquela alegria. Fotos, abraços e muita comemoração. Vida boa o dia todo. Deixo registrado que chegamos até o portão da praia da TAMBABA (praia naturista.....nu mesmo!), mas ninguém se atreveu não! Após nosso retorno, fomos retirar as motos, que a esta altura já estavam devidamente limpas e lubrificadas. Chegamos a um posto para abastecê-las e fui dar a tradicional verificada na moto e eis que constatei que meu pneu traseiro estava com um parafuso grudado como carrapato. Nestas horas que damos valor em ter todo aparato. Minhoca nele e pronto para rodar novamente.

João Pessoa (www.joaopessoa.pb.gov.br) é uma cidade encantadora, um misto de pureza, humildade das pessoas com belezas naturais de toda ordem. Um belo local para se morar ou passear, qualidade de vida privilegiada. Podemos observar também que existe uma grande preocupação com aspectos culturais e preservacionistas, tais como centro de ciência e conhecimento (obra de Niemayer), além da organização da cidade como um todo, através do planejamento do plano diretor da cidade, calçadão a beira mar para caminhadas, ciclovia, impedimento de construções altas próximo das praias e tratamento dos esgotos.

Conforme havíamos planejado, iríamos passar dois dias em Natal-RN (www.natal.rn.gov.br). A nossa anfitriã Graça (www.brazilriders.com.br) já estava a nossa espera, e o Renato e o Edson aproveitariam pra fazer as revisões nas BMWs. Os parceiros Cunha, Mendonça e Dal Molin, acompanhados de suas esposas, locaram uma kangoo. Acredito que ainda estavam meio doloridos ou arredios mesmo. Já nós fomos de moto (Cleber e Vânia, Renato e Wilma). Saímos cedo, e chegamos antes da Graça no posto do Dudu – entrada de Natal, local onde havíamos combinado. Decidimos esperar um pouco na loja de conveniência, quando observo a Graça organizando a recepção no trevinho perto dali. Claro que não perdi a oportunidade de perguntar a ela se estava esperando alguém. Graça é uma parceira nossa de longa data. Ela e o Roberto (esposo), já estiveram conosco aqui em Santa Maria. Logo percebemos que ela é mais conhecida pela cidade que o prefeito. Parceira bacana, nos fez visitar os mais variados lugares, um mais bonito que o outro.

Ficamos hospedados na Ponta Negra e confirmamos nossas primeiras impressões. Natal é uma linda cidade, muito organizada e com variadas possibilidades para os turistas se divertirem.  Nossa amiga Graça nos levou para almoçar no “Camarões Potiguar”, pratos maravilhosos da gastronomia de Natal, onde nos fartamos com o crustáceo. Também encontramos em Natal nossos amigos gaúchos, Oslene Ferreira e a sua esposa Cantalice, pessoas muito queridas e de fino trato. Juntamos a turma toda e fomos jantar no Mangai ( www.mangai.com.br ), e também aproveitamos para conhecer o shopping Midway Mall (me dei mal, como dizem os Natalenses) www.midwaymall.com.br , realmente imperdível. Também conhecemos as lindas praias de Natal, além de degustarmos diferentes pratos como o “Robalo”, a “macaxeira frita” entre outros.

De volta a JP, decidimos mudar o nosso paradeiro, e nos hospedamos em um novo hotel (Xênius), que até agora não entendo o porquê deste nome. Mais um festerê foi organizado pela Rosaina, que novamente fez sua bebidinha (zuzobem) especial. O local foi um residencial maravilhoso, que contou com as presenças dos colegas da Rosaina, que também estiveram em nossa primeira recepção. Já estamos com vontade de voltar e reencontrar pessoas tão bacanas.

Após dias maravilhosos de muita caminhada (particularmente fiquei bem de pernas) e praia (o Mendonça e a Leila já estavam criando escamas de tanta praia) chegou a hora do retorno, pois nossas motocas já estavam nos olhando meio de lado. O dia 30/07 amanheceu lindo, mas não havíamos saído da cidade ainda e começou um chuvisco, que nos acompanhou até a saída de Recife. Nestas alturas do campeonato colocar a capa de chuva era super natural, pois já “estávamos escolados” nesta arte. A partir de Recife tocamos direto para Caruaru-PE. Estrada belíssima, duplicada e só alegria. De repente a vegetação mudou, e ficou um pouco triste, pois encontramos muitos animais mortos, atropelados na noite anterior. Segundo moradores, muitos animais são atropelados na região, pois os mesmos vagueiam pela vegetação a procura de alimento. Paramos algumas vezes para os devidos registros fotográficos, e não imaginávamos o perigo daquela local, pois ficamos sabendo, já em Petrolina-PB, que ali era o “polígono da maconha” e que havia muitos assaltos a turistas desavisados na região. Observamos também grandes rebanhos de bodes (magrinhos) comendo tudo o que vissem pela frente. Tem-se de tomar muito cuidado para trafegar neste local, pois no início e no final do dia eles atravessam a estrada. Segundo percepção do Edson, o bicho é por “demais esperto”, pois poucas vezes vimos “bode atropelado”.

Ao final da tarde chegamos a Petrolina-PE, uma cidade muito interessante, não só pelo fato de estar do lado do Rio São Francisco, mas por fazer vizinhança com a cidade de Juazeiro do Norte-Ba, que fica na outra margem do chicão. Mesmo sem poder visitar e aproveitar muitas das novidades de lá, fomos ao bodódromo, local bem planejado, onde se come todos os pratos típicos da região, ou seja: o BODE (pobre do bode!). Bode assado, bode cozido, bode recheado, picanha de bode, filé de bode, buchada de bode...e aí vai!

Devidamente descansados e alimentados, partimos cedo em direção a Vitória da Conquista-BA. Poucas vezes passamos por uma estrada com tantas curvas. As motocas gastaram os dois lados dos pneus, ficando marcado lá na dobrinha (motociclista sabe bem o que é isso!). Passamos pelo entorno de Feira de Santana com a munheca colada e chegamos cansados ao destino daquele dia. No dia 01/08 saímos cedo em direção a “BelôRizonte” (como dizem os mineiros). Infelizmente transitamos, de Ipatinga a BH, pela pior estrada da viagem. Nossa! Que estrada horrível. Corremos muito risco, mas como chegamos vivos é isso que vale. Na chegada de BH pegamos um “senhor” congestionamento, que exigiu muita paciência. Após, fomos direto ao hotel Fórmula 1, onde nos aguardavam nossos amigos Marcelo Freire, Resende e outros. Aqui registro que o Freire é uma figurinha carimbada pelas bandas de Santa Maria. Amigo querido por demais e que não poupa pneu para nos visitar, além de puxar muito mineiro para o Mercocycle ( www.mercocycle.com.br ). Neste ano ele vem novamente e vai puxar um belo bonde. À noite fomos a um barzinho e nos deliciamos na picanha, juntamente com os amigos mineiros.

Dia clareando e lá fomos nós para cumprir mais um dia de estrada e eis que o Cunha chega nervoso, que a sua moto não ligou. Imediatamente entrou num taxi e sumiu, foi procurar uma bateria. Nossa sorte foi que ele deixou a chave e o CONTROLE DO ALARME. Passado alguns minutos pegamos a chave e o controle e uma vez desligado o alarme a moto roncou com toda potência daquele motorzão. Imediatamente ligamos para o desesperado. Ele custou a acreditar. Após, pegamos a Fernão Dias e só alegria, 550 km em menos de 5 horas, foi rápido assim e estávamos em São Paulo. Chegando a Itu, conforme o planejado, o James (conhecido do Renato e que acabou ficando amigo de todos) havia combinado de nos esperar na entrada da cidade, mas como nada é perfeito nesta vida, chegamos pelo outro lado. Tivemos de esperá-lo já no centro da cidade. Não tardou e chegou o danado todo fardado com sua flamante Harley Davidson. Acomodou-nos no hotel internacional e já apalavrou um churrasco em sua residência à noite. Bom, churras é conosco mesmo, não tem como fazer uma desfeita. Chamamos um transporte abagualado (para caber os seis) e nos esbaldamos na gentileza do parceiro. O mesmo recebeu-nos, juntamente com sua simpática esposa Adriana, e nos brindou com uma picanha no capricho, acompanhada por uma cervejinha no ponto. Antes degustamos umas deliciosas cachaças, de uma coleção mais que especial. Estava bom demais (vamos ter de nos esmerar para recebê-los por aqui e retribuir todo o carinho).

Partimos de Itu no dia 03/08 com o firme propósito de chegarmos a União da Vitória- PR, para que fosse possível chegarmos no dia 04/08 lá pela meia-tarde em Santa Maria. Dia de sol radiante, estrada ótima, e eis que tivemos um contra tempo com a moto do Cunha. A mesma colheu uma peça que se soltou de um caminhão, danificando o motor. Após as devidas ocorrências, guincho etc... tocamos para Ponta Grossa. O Renato já havia montado a logística com o Silvio (nosso amigo de Ponta Grossa). Fomos recebidos na R3 (www.r3motos.com.br), onde fomos muito bem atendidos pelo gerente Márcio Oliveira e o proprietário da empresa ( A forma de atendimento foi tão boa que decidi trocar o pneu de minha TDM que estava excessivamente gasto, o que o PC - ótimo profissional - fez em 15 minutos). Após termos relaxado deste contratempo, reconhecemos a habilidade do Cunha em não frear no momento do impacto, isso foi determinante para que não houvesse um grave acidente, pois o pneu foi banhado pelo óleo do motor e certamente em caso de frenagem iria derrubá-lo. Viagem que se segue. Ficamos desfalcados do nosso amigo Cunha, que teve de retornar de avião. Seguimos em direção a Passo Fundo, com previsão de almoço em Concórdia, no mesmo local da ida. Lá chegando, verificamos que o pneu da kawa do Mendonça estava como “tripa de salame”, se passasse encima de um cigarro aceso era aquilo. Mas deixar o parceiro na estrada nem pensar. Tocamos na “manha” até Ibirubá. Sugerimos ao Mendonça para sair antes e ir tocando “devagarinho” que largaríamos após alguns minutos. Passados uns 30 minutos, pois nos destraímos um pouco no posto, largamos com o “cabo enrolado” e cadê o Mendonça. O tempo foi passando e não o encontrávamos. A noite chegando e os pensamentos começaram a ficar complicados. Quando vi o negrão lá na frente me deu um alívio. Finalmente às 19 horas aportamos em nossa cidade e fomos recebidos calorosamente no Posto do Castelinho, pelas esposas, filhos e bichos de estimação.

Até a próxima!                                                    Fotos: Renato, Cleber, Vitor, Mendonça, Edson e Cunha