Viagem a sete estados brasileiros 3º MOTOCAPITAL – Brasília - por Cleber Winckler

Um objetivo, um sonho e parceria a altura, assim nasceu à idéia de fazermos uma viagem, destas inesquecíveis, aproveitando a realização do Motocapital em Brasília. Os primeiros fomos eu e o Renato Lopes, incentivados pela idéia de visitar o Edson Steglich (grande parceiro) que esta residindo em Brasília, mas com sua máquina Virago 1100 em Santa Maria pedindo estrada. Após integraram-se o Luiz Fernando Cunha e o Albéri Silva (Bira) e assim completou-se o grupo, com os seguintes integrantes e motos: Edson Steglich – Virago 1100, Cleber Winckler – TDM 850, Renato Lopes – V-Strom 1000, Luiz Fernando Cunha – V-Strom 1000 e Bira – V-Strom 1000.

Após algumas reuniões (regadas a churrasco é claro!), muitos mapas, GPS e sugestões, estava definido o roteiro de viagem e atribuições de cada um dos integrantes.

Finalmente no dia 26 de julho chegara o grande dia, eram exatamente 07 horas, quando partimos do posto da rótula com chuva intensa, como que nos querendo dar uma refrescada após tantos dias de seca, mas com o carinho do parceiro Irio que foi se despedir de nós, a coisa ficou light. A chuva nos acompanhou até a entrada do estado de Santa Catarina, quando o sol voltou a brilhar e a nos dizer que dali pra frente era tudo com ele. Chegamos a Ponta Grossa – PR, onde pernoitamos. Saímos logo cedo, pois sabíamos que teríamos de chegar a Uberlândia-MG, onde reside meu irmão Clenio Winckler. A chegada uma recepção calorosa, pois o “mano velho” e sua família se encarregaram de nos receber e é claro, dê-lhe CHURRASCO, daqueles que um bom gaúcho hà seis anos longe da terra se presta em fazer, acompanhado pelas deliciosas saladas e sobremesa da vó Teresa, e uma música gauchesca daquelas que faz o gaúcho ficar dengoso. Para matar bem a saudade da família, nada melhor que as presenças dos sobrinhos Rodrigo e Mauricio (muito bem acompanhado da linda Isabela), que nos ladearam o tempo todo. A saída logo cedinho deixou para trás uma saudade de irmão, como um até breve, misturada com uma vontade de ficar um pouco mais.

Catalão, Cristalina e finalmente Luziânia, uma paradinha para comprar algumas lembranças para os queridos que ficaram, e logo ali.... Brasília. Na chagada uma boa surpresa, nosso amigo e irmão Dr Remi Toscano nos deu as boas vindas, todo parametrado em sua ZX10 rápida como um lince e fugaz como uma águia. Ter um irmão e amigo deste quilate esperando é um sinal de dias felizes. O mesmo nos conduziu em segurança até a residência do nosso amigo Julio (bem em frente ao local do encontro), que juntamente com sua esposa Vera e os irmãos Lopes (Flávio, Paulo e Lari e esposa), nos deram as boas vindas, com um carinho e amizade surpreendentes. Recepções como estas jamais esqueceremos e só temos uma forma de retribuir, superando a expectativa dos mesmos quando vierem a Santa Maria.

Uma passadinha no Motocapital para marcar as presenças e darmos um abraço rápido nos amigos, e a coisa incorporou e seguiu até a madrugada (aqui só motociclistas sabem o que ocorre....he he he_). Parabéns amigos dos moto grupos organizadores, o ambiente estava 10 e o carinho de vocês nos fez sentir como se estivéssemos em nossas casas, principalmente os GANSOS (especial carinho com a Verônica e o Clebão!) que nos serviram aquele “caldo” delicioso e muita bóia.

O encontro dos Brazil Riders (www.brazilriders.com.br) presentes, siceroneados pelo Edu e Estenio – Masters dos BRs, nos fez sentir a importância desta irmandade motociclística e sentirmos orgulho de fazermos parte do grupo. Rapidamente a coisa tomou “corpo” com a chegada do FOFÃO, que com sua simpatia conquistou rapidamente a todos. Quando nos demos conta estávamos todos os BRz em uma galeteria gaúcha na asa sul de Brasília, fazendo aquela confraternização, e tomando todas...é claro! Saudades rapaziada......Marcão, Marcelo, Edu, Fofão, Estenio, Gargamel, Everson e outros, lhes aguardamos no Sul!

À tarde nos dedicamos a visitar a cidade e conhecer seus pontos turísticos, um mais belo que outro, tanto no aspecto político como histórico. Neste dia conhecemos uma pessoa maravilhosa, daquelas que nos dá a sensação que a conhecemos hà anos, Dna Irma, mãe do Remi, grande mãezona e companheira, 85 anos de vida e muita saúde e muitas histórias de vida.

Já estávamos no domingo quando fomos conhecer o Memorial JK. Visitar o memorial deste grande brasileiro é lhe prestar um tributo, pela sua visão de grandeza e capacidade de realização. Todos nos sentimos mais brasileiros. Uma visita imperdível para quem for a Capital Federal! Logo após fomos para a residência do Paulo Lopes em Samambaia, onde conhecemos a sua família (Kátia – esposa e filhos Pedro e Luiza), bem como seu sobrinho Diego e “patroa”, e seus visinhos que vieram a se somar na recepção. Na chegada já sentimos a familiaridade com a terra gaúcha, tanto pela música como pelo cheirinho de churrasco que se dissipava por toda a superquadra. Claro que o Bira ficou faceiro como “ganso novo em taipa de açude”, não fosse a nossa intervenção o mesmo tinha assumido o lugar do Paulo, pilotando a churrasqueira. Tudo posto no seu devido lugar, muito churrasco, cervejinha no ponto e aquela rede para a sesta a tarde ficou pequena.

Na segunda-feira, dia 31, pé-na-estrada rumo a Cavalcante em Goiás, onde os irmãos Lopes, juntamente com o amigo Júlio (que fera!), nos aguardavam na pousada Veredas (www.pousadaveredas.com) de propriedade do Flávio Lopes. Mas antes da chegada passamos no projeto de assentamentos de gaúchos sem terra, que recebeu dezenas de famílias de gaúchos assentadas neste local. O almoço foi na casa da Dna Rosa, que preparou aquela galinha caipira com polneta e saladas, que nos saciou a fome e nos fez sentir o carinho desta nossa gente. Finalmente lá pelas 16 horas chegamos a Cavalcante-GO, sem antes conhecermos a comunidade dos Calungas, veja site: 

http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/americadosul/brasil-chapada_dos_veadeiros-calungas.shtml.

A imensidão da chapada dos veadeiros nos faz sentirmos pequenos, locais belíssimos nos aguardando para interagirmos com aquela natureza toda. Neste momento começamos a nos perguntar. Quantos anos? Quanta história? Quanta vida? Tudo ali naquela imensidão como a nos falar que devemos respeito a tudo isso. Foram momentos únicos nestes três dias que jamais se repetirão, mas fica a certeza que outros momentos virão, principalmente pela beleza do passeio (caminhadas, escaladas e banhos nas cachoeiras). A equipe da pousada, capitaneada pelo mestre Flávio, pelos “guias” Paulo, Lari e Julio, abastecida pela Socorro e atendida pela Flávia, nos fez sentirmos maiores do que somos, não consigo aqui expressar nosso agradecimento, mas o mundo ficou gigante e mais lindo com estas pessoas e assim ficou a saudade e a certeza que lá retornaremos.

O retorno! A despedida! Deixamos pra trás pessoas que temos certeza, “Deus as fez e guardou a receita para si”, o Edson Steglich, o Remi Toscano, o Flávio, o Lari, o Paulo, o Júlio e todos os seus familiares, fica a lembrança de dias especiais e a vontade de reencontro. Chegara a hora da estrada e assim pernoitamos dia 03 em São José do Rio Preto-SP, hotel IBIS - sensacional, saída pela manhã e chegada à noitinha na cidade de União da Vitória – Hotel 10 - fantástico, uma passadinha rápida na mana Cleusa Winckler em Passo Fundo RS, e o cheiro de casa. Para abrilhantar ainda mais, fomos recepcionados ainda na estrada em Itaara pelo amigo Juca Noal, que nos conduziu ao nosso destino final, onde nossos familiares e amigos nos aguardavam para aquela festa tradicional de chegada. Foram 11 dias de uma grande viagem e muita amizade, ficando a certeza de que muitos momentos bons ainda nos aguardam. Obrigado Renato, Bira, Cunha e Edson, pelos momentos únicos que vivemos. Merecem um agradecimento especial as esposas e filhos, que se privaram de nossas presenças para que pudéssemos viver tudo isso.

Cleber Winckler - Master BRz em Santa Maria RS